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O ano que o imigrante italiano Stefano veio visitar o Brasil, e resolveu aqui permanecer, deixando para nós a arte da cozinha italiana, em especial o famoso cannellone.
O ano que o imigrante italiano Stefano veio visitar o Brasil, e resolveu aqui permanecer, deixando para nós a arte da cozinha italiana, em especial o famoso cannellone.
No dia cinco de maio de 1953, Stefano Borsarelli veio para o Brasil, deixando para trás a querida Mondovì, pequena cidade da Província de Cuneo, região do Piemonte, no norte ocidental da Itália. Para esta viagem, o sonhador Stefano precisou deixar a esposa Elda e a filha Daniela, com apenas dois anos de idade. Ele sabia que não seria fácil, mas não desistiu.
O primeiro restaurante em que Stefano trabalhou quando chegou ao Brasil foi o “Fasano”, na Vieira de Carvalho, na matriz. E logo depois, em um restaurante na Praça da Sé, onde ficou como cozinheiro cuidando sozinho de tudo.
A paixão pela gastronomia veio de uma tradição familiar, quando ajudava o avô paterno e um dos tios, que tinham restaurantes.
Em seis de janeiro de 1954, Dia de Reis, Elda e a pequena Daniela chegam ao Brasil, para alegria de Stefano.
O casal Elda e Stefano no final dos anos 70
Nos anos 60, Stefano havia contraído uma bronquite, e foi solicitado pelo médico que fizesse “uma troca de ares”. Então resolveu passar 15 dias na cidade de São Roque, conhecida por seu clima serrano. Neste período, um amigo de Stefano, que também era italiano, e sua esposa, na época estava grávida, estavam locando um restaurante em São Roque, pois não conseguiam conciliar o tempo com a família, que morava na capital. E então fizeram a proposta para que Stefano tomasse conta do estabelecimento.
Fachada do restaurante no início dos anos 70
Inicialmente não ganhavam para poder pagar o aluguel. Com o tempo foram fazendo uma freguesia, e aos poucos compraram um terreno aonde viria a ser construído o atual restaurante, em dezembro de 1965.
Stefano gostava de cuidar de tudo, acompanhar de perto, ir às mesas, ele conhecia todos os seus clientes. Quando as pessoas chegavam ao restaurante, já o procuravam. Mesmo quando passou a cozinha aos cuidados dos filhos e netos, sempre estava por perto, de olho em tudo.
Ao longo de todos esses anos, o Restaurante Stefano fez parte da vida de muitas pessoas, não somente dos clientes que o frequentam, mas também de seus funcionários. Ele tem como característica marcante a “Família”. Todos que por lá passam, permanecem fiéis por muito tempo, inclusive os funcionários, que alguns entraram jovens e hoje em dia já são avós.
O casal Stefano e Elda com a equipe de garçons da época
Stefano gostava de cuidar de tudo, acompanhar de perto, ir às mesas, ele conhecia todos os seus clientes. Quando as pessoas chegavam ao restaurante, já o procuravam. Mesmo quando passou a cozinha aos cuidados dos filhos e netos, sempre estava por perto, de olho em tudo.
O casal Stefano e Elda com a equipe de garçons da época
Ao longo de todos esses anos, o Restaurante Stefano fez parte da vida de muitas pessoas, não somente dos clientes que o frequentam, mas também de seus funcionários. Ele tem como característica marcante a “Família”. Todos que por lá passam, permanecem fiéis por muito tempo, inclusive os funcionários, que alguns entraram jovens e hoje em dia já são avós.
Estacionamento cheio no final dos anos 60
Atualmente, a família dá continuidade ao sonho de Stefano, que era unir a qualidade, a hospitalidade e a amizade a todos que adentravam a sua casa.
Um dos detalhes importantes na história é a horta, na qual são cultivados cuidadosamente as verduras e legumes, e com um detalhe muito importante: sem agrotóxicos. Isso faz parte da história de respeito aos animais e a natureza, e respeito aos clientes do Hotel e Restaurante Stefano.
O primeiro restaurante na região, chamava-se Pareká
Não é por acaso que os clientes antigos são frequentadores assíduos do restaurante, e com eles acompanham seus filhos, netos e bisnetos. “O interessante é que os netos também aderem e criam o costume de vir”, ressalta Daniela.
Afinal, em quase 50 anos, são muitas páginas de história que ficarão na memória das pessoas.
A lembrança de um homem chamado Stefano, que esteve neste mundo um dia e partiu feliz, pois conseguiu deixar plantada a sementinha da esperança, que inicialmente foi cultivada por sua esposa Elda.
E atualmente segue nutrida muito carinho por sua filha Daniela, Guido e toda a família.
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